quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O que foi o Natal para você?




Hoje, muito se houve: “estamos construindo um Brasil melhor”. É verdade que a grande maioria de muitos projetos, realizações e comemorações surgem como solução para causas justas, necessárias à sobrevivência humana e até de outros seres vivos.
No princípio, esses projetos, realizações e comemorações estão imbuídos das melhores intenções e às vezes conseguem andar bem por um bom tempo, ao que depois, por causa do egoísmo e da avareza, são corrompidos, denegridos nos mais sublimes valores e as pessoas perdem-se na loucura dos seus sentimentos egoístas e avarentos.
Por exemplo: muitos políticos entraram na política com as melhores das intenções; formaram as mais interessantes propostas para o seu eleitorado, e alguns até fizeram muito ou pouco por ele, todavia, no decorrer do tempo, assediados pela corrupção e certos da impunidade foram persuadidos, perderam seus sentimentos de solidariedade social e beneficente restando-lhes apenas o egoísmo e a avareza. O que lhes importa mesmo é o seu status, patrimônio financeiro e satisfação pessoal.
 Outros, já entram com estes propósitos ocultos, porém, definidos, influenciados pela facilidade de enriquecimento ilícito e a certeza da impunidade, não levando em consideração que, um dia, Deus lhes pedirá conta de tudo.
Hoje, para se encontrar um político que não esteja corrompido, tem que ser com uma lamparina, mas ainda há.
Há quase 2000 anos, nos dias de Jesus, as provisões do templo para os sacrifícios como: o câmbio para a troca das diversas moedas, os animais para o sacrifícios, comidas e bebidas para pessoas,  para os animais e tudo o mais, foram providas inicialmente por pessoas solidárias, amigas e consagradas, que queriam muito facilitar a vida de tantos que ali chegavam para cultuar a Deus. Mas a visão de ganhar dinheiro, de ficar rico, estimulada por um lugar e ocasiões apropriadas, levou à intromissão de corruptos e o desenvolvimento da corrupção no ambiente sagrado, de maneira que quando Jesus entrou no templo “expulsou os que ali vendiam e comparavam, derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas... e disse: não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; para todas as nações? vós, porém, a tendes transformado em covil de salteadores”. (Mc 11.15-17; Mt 21.13).
A corrupção é um mal muito antigo e o egoísmo e a avareza tem a idade do homem, são males transmissíveis e pegajosos.
O natal de Jesus é uma festa de enlevo espiritual e deve ser comemorada num espírito de reconhecimento, louvor e muita gratidão a Deus pelo maior de todos os benefícios  doados a nós, pobres pecadores. Este sentimento tem perdurado por estes quase 2000 mil anos e ainda existe em muitos corações. Todavia, estes sentimentos têm sido desvirtuados e barateados de modo que para a grande maioria é apenas uma data para se dar e receber presentes, adornada com muitas comidas e bebidas.
É uma data do ano em que os escravos da avareza se desdobram trabalhando dia e noite para, por todos os meios, arrancar até o último centavo das pessoas, que desnorteadas do verdadeiro sentido do natal se deixam levarem pela influência aplausiva da mídia e da sociedade.
Dessa forma o personagem central do natal – Jesus Cristo – ficou no esquecimento; o natal para muitos já perdeu o sentido e para tantos nunca teve.
Mas Jesus continua o mesmo: digno de toda honra, todo louvor e toda glória, e diz: Não seja, pois vituperado o vosso bem. Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. Aquele que deste modo serve a Cristo, é agradável a Deus e aprovado pelos homens. Assim, pois, servimos as coisas da paz e também da edificação de uns para com os outros. Não destruas a obra de Deus por causa da comida. (Romanos 14.16-20).
Se Jesus Cristo não é o centro dos nossos interesses e atenção, a causa do nosso louvor e gratidão a Deus, o natal perdeu o seu sentido e a sua razão de ser.
É bom que para mim, e para tantos outros, Ele é cada vez mais autêntico, mais real e glorioso. Ele é a razão de ser de toda a minha vida. O que é para você?
Até o próximo, se Deus for servido.

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