segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Como os evangélicos devem tratar os católicos?


Esta foi uma pergunta que alguém me fez sábado, 1º de outubro de 2011. É ,de fato, uma pergunta muito interessante especialmente por causa da importância desse relacionamento e pela diversidade em que ele se desenvolve no contexto da sociedade mundial.
Podemos considerar pelo menos três aspectos desse relacionamento:
O aspecto radical – que é agressivo, provocante, ofensivo e separatista, o que é muito prejudicial na relação social e religiosa.
O neutro – que é indiferente, não ataca nem defende, esse é o improdutivo do servo inútil.
O passivo – é aquele que não tem identidade, se comporta como camaleão, dança conforme a música, é o que além de ser improdutivo, ainda é prejudicial pelos escândalos que produz.
Por outro lado, ainda podemos considerar aqueles que são católicos ou evangélicos nominais descomprometidos com Deus e com a religião. Esses vão ao templo esporadicamente, quando bem lhes parece. E há ainda os que são inteiramente alienados da religião e de Deus.
Eu entendo que a falta do conhecimento de Deus e da forma como Jesus se portou no meio de uma sociedade heterogênea, bem como a falta de respeito e consideração dos direitos, convicções e sentimentos alheios são o que levam muitos evangélicos a agirem inadequadamente nesse relacionamento.
Ao olharmos o discurso de Paulo em At 17.22-31, vemos que ele não atacou o sentimento religioso deles e lhes apresentou o verdadeiro Deus e a forma de adorá-lo.
Se atentarmos para o registro dos evangelhos sinóticos, veremos que Jesus nunca descriminou as pessoas em todas as classes sociais e religiosas, antes demonstrou profundo amor por todas elas, mesmo quando teve de ser muito duro para com elas. Ele amou o pecador, mas odiou o pecado. Eu procuro, dia após dia, viver assim e ensino a todos os que se congregam comigo, que as pessoas indistintamente, devem ser tratadas por nós como Jesus as tratou.
Jesus nunca deixou de dizer a verdade a quem quer que fosse, mas nunca agrediu nem tentou obrigar alguém a segui-lo.
Deus nos deu o livre arbítrio e nunca interveio nele. Deus proveu todos os recursos necessários para o perdão e salvação dos pecadores, mas não obriga ninguém a aceitá-lo, apenas coloca o homem como o único responsável por suas opções.
Nós os evangélicos temos a responsabilidade de pregar, sem em distinção, as verdades do evangelho, mas não temos o direito de agredir, ofender nem de desrespeitar os sentimentos e convicções alheias. A responsabilidade de anunciar é nossa, mas o direito de optar são deles e essa relação deve se processar na maneira mais amável e respeitosa possível.
Deus fez a sua parte concretizando o seu projeto de salvação dos pecadores na pessoa do seu Filho Jesus Cristo. Cabe ao pecador aceitar ou rejeitar a exclusividade do projeto salvífico de Deus em Cristo Jesus.
Aos evangélicos, cabe a responsabilidade de anunciar e viver a realidade de salvos por Cristo. E eles, o direito de aceitar ou rejeitar, ficando sabendo que são responsáveis pela opção tomada – vida ou morte.
Ninguém tem o direito de desprezar, ofender ou denegrir alguém só porque ela não pensa nem crê como você. Todos devem ser respeitados, mas só Jesus com exclusividade salva o pecador da condenação eterna.
Até o próximo, se Deus for servido.


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