Referencial é aquilo que se constitui referência ou que é usado como tal. É informação sobre a idoneidade de uma pessoa. Que referencial você está deixando para seus filhos e pessoas relacionadas a você na sociedade onde vive?
Em artigo anterior, registrei um momento da minha história, do meu relacionamento com o meu pai e a responsabilidade do trabalho, mesmo diante dos perigos.
O nome dele é João Batista Carreiro Varão, em memória; órfão de mãe aos cinco anos, casou-se aos dezesseis anos, com os documentos alterados, gerou quatorze filhos, criou dez, e faleceu aos sessenta anos, vítima de uma serpente de 50 cm.
Ao nível dos seus conhecimentos foi um dos homens mais sábios que já conheci, porém, sem formação secular nem religiosa, além do 3º ano primário.
Era um sábio Salomão em provérbios populares, e eu aprendi muitos com ele, os quais uso regular e oportunamente na minha vida particular e no meu ministério evangelístico.
Depois de Jesus Cristo, ele é o maior referencial positivo da minha vida; em todo o tempo da minha vida, enquanto ele existiu, eu vi apenas uma vez ele cometer uma injustiça com um senhor, que negociava com ele uma compra de gêneros alimentícios. Eu tentei ajudá-lo, mas ele não quis me ouvir. Depois que ele faleceu eu quis muito reparar a injustiça feita com aquele senhor, mas antes que isso acontecesse aquele senhor também faleceu e assim o erro não foi reparado – que Deus nos perdoe o mal praticado!
Fora isso, não vi nem tomei conhecimento de qualquer irregularidade dele, quer com minha mãe, quer com os filhos, quer com amigos ou estranhos. O meu manual de vida é a Bíblia e o meu referencial é o meu pai, por causa da seriedade, fidelidade, justiça e maneira de tratar a tudo e a todos.
Deus me deu uma esposa maravilhosa, quatro filhos e me confiou um ministério santo. Eu luto contra mim mesmo, por causa da minha natureza pecaminosa, para viver de conformidade com a Palavra de Deus e ser um referencial positivo para os meus filhos e a sociedade onde vivo, assim como meu pai foi e é para mim.
Hoje, o mundo está tão corrompido, de maneira que a natureza humana está desavergonhada diante de todas as formas de injustiça, infidelidade, maldade, crueldade, imoralidade etc. de modo que tudo isso parece natural e é aceitável normalmente.
Diante desse quadro inaceitável e condenado por Deus, apesar de que para uns é normal, e para outros até plausível, pergunto eu: que tipo de referencial você é para a sua família e a sociedade onde vive? Talvez isso pareça para você incômodo e até abusivo, mas pense comigo: para você que tem uma família e você que ainda não tem, mas pretende ter, que trata de negócios, que tem um nome que deve dignificar e uma prestação de contas a Deus na vida e na morte. Agora pergunto eu: você quer que os outros pensem e façam com você o que você pensa e faz com eles? Você quer que os outros façam com a sua família, esposa, filhos e filhas, o que você faz com a família dos outros?
Convido você a analisar sabiamente estas questões da vida, como uma via de mão dupla, enquanto você está indo na direção dos outros, eles estão vindo de encontro a você. Essa é a lei de Deus: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim, fazei-o vós também a eles; porque essa é a lei e os profetas” (Mateus 7.12).
Que tipo de referencial você está construindo para deixar para a sua família e a sociedade onde vive? E a sua planilha para a sua prestação de contas? Essa, impreterivelmente, vai acontecer, quer queira quer não.
Assim, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus: Mateus 12.36; Eclesiastes 11.9; Romanos 14.12; 1Pedro 4.5.
Até o próximo, se Deus for servido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário