segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O rico pobre e o pobre rico


Esse contraste deve ser analisado e avaliado a partir da visão de tempo que temos entre o presente e o futuro, ou seja, o tempo da nossa existência aqui e a eternidade da vida além-túmulo.
Para o homem de visão limitada a sua existência aqui, o que de fato lhe importa é a aquisição de bens materiais e a sua satisfação pessoal no bom ou mau uso dos bens adquiridos.
O seu ego se desenvolve numa projeção para a autossustentação e autoindependência bem como a exaltação pessoal. É nesse afã pela vida que a sua visão vai ficando cada vez mais atrelada a si mesmo e aos bens que possui. A bíblia diz: o inferno e o abismo nunca se fartam, e os olhos do homem nunca se satisfazem (Provérbios 27.20).
Quando as ambições se transformam em avareza, desejo descontrolado de adquirir as coisas, então matam o senso de justiça e fidelidade dando lugar à corrupção, o mal que assola a nossa sociedade.
O homem uma vez corrompido vai se tornando cada vez mais desumano ao ponto de fazer qualquer coisa, quer seja justa ou injusta, legal ou ilegal, verdadeira ou falsa em favor ou em detrimento de alguém; nada disso lhe importa mais. O que de fato lhe importa é satisfazer seu ego avarento e corrupto.
Nessa corrida pelas riquezas, Deus tem permitido que muitos cheguem a um patamar tão amplo que não sabem mais o que fazer com as riquezas. A conclusão geral é que são esses os ricos da terra. Mais a bíblia nos ensina que são exatamente esses os ricos pobres.
É no auge da sua prosperidade que Deus disse: louco, hoje à noite tu vais morrer e tudo que adquiriste pra quem será? A bíblia diz que ele não trouxe nada quando nasceu e também não vai levar nada quando morrer, logo, será despedido de mãos vazias e ainda condenado ao inferno de fogo. É o rico pobre de tudo o que é bom (Lc 12.21).
Mas que seria de fato o pobre rico? A bíblia nos ensina que não trouxemos nada quando viemos a esse mundo nem vamos levar quando sairmos dele (1Timóteo 6.7). Mas ela também nos ensina que mesmo não podendo levar, podemos e devemos enviar riquezas para o céu, e, é ai, que vamos descobrir quem é o pobre rico (Mateus 6.19-20).
A bíblia também nos ensina que devemos trabalhar com as próprias mãos para não sermos pesado a ninguém, antes devemos ter para nós mesmos e ainda para ajudar a outros (Ef 4.28).
Como entesourar para o céu? É através do justo uso das coisas que Deus nos confiou que estaremos entesourando para o céu. Somos mordomos de Deus para administrar os seus bens em nosso favor, em favor do nosso próximo e em prol do desenvolvimento da obra evangelística.
Se os recursos que nos foram confiados forem aplicados devidamente nos destinos designados, sempre visando o melhor para o nosso próximo, estaremos cumprindo a nossa missão e receberemos a justa recompensa quando chegarmos lá no céu. Esses são os recursos entesourados no céu.
Não se esqueça, porém, que não estou falando de salvação e sim de recompensas no céu. A nossa salvação não se pode comprar. Jesus já pagou o justo preço e a dá de graça a quem nele crê (Efésios 2.8-10). É você o único responsável para decidir o seu destino final. Pode mandar o tanto de riquezas que quiser e puder para o céu, mas elas não poderão, nem te darão o direito de ir para lá. Para o céu só por Jesus Cristo. Ele é o único meio de chegar lá (Jo 14.6).
É nesse desfecho final que se descobre quem é o pobre rico; é aquele que mesmo não tendo conseguido riquezas aqui, mas viveu em função do reino de Deus, que quando for chamado nada levará, mas já tem tudo lá, guardado e conservado por aquele que é fiel – Jesus Cristo.
Onde você está depositando os seus tesouros? Seja sábio.
Até o próximo, se Deus for servido.

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